A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS SOCORROS EM CRECHES E ESCOLAS
Foi sancionada pela Presidência da República a lei nº 13722, em 4 de outubro de 2018, que torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil.
Situações de emergência decorrentes de acidentes são o motivo dos crescentes registros de mortalidade e invalidez na infância e adolescência, gerando preocupação para mães e pais que deixam os seus filhos na escola diariamente.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, 810 crianças, com até 14 anos, morreram, somente em 2015, vítimas de sufocamento. Desse total, 611 tinham menos de um ano de idade. Por meio das atividades de primeiros socorros quando iniciadas rapidamente a uma pessoa vítima de acidente ou mal súbito, um número expressivo desses acidentes pode ser revertido, podendo minimizar o agravamento do quadro clínico.
Acidentes com crianças e adolescentes, considerados equivocadamente como de baixa periculosidade, têm causado consequências como sequelas fisiológicas e anatômicas irremediáveis, ou ainda, o óbito. É de extrema importância que os professores, coordenadores, administradores e demais funcionários envolvidos no processo de ensino nas escolas, estejam capacitadas tecnicamente para a realização de intervenções de primeiros socorros.
O conhecimento de técnicas de atenção imediata, preparo e assistência são fundamentais e podem fazer a diferença na hora de prestar atendimento de urgência a um jovem ou criança acidentado. Técnicas simples podem auxiliar no momento de salvar uma vida – qualquer adulto é capaz de aplicar a técnica conhecida como manobra Heimlich ou abraço do desengasgo, até que o socorro especializado seja efetivamente possível.
Pensando na prevenção de situações de emergências nas escolas foi criada a Lei Lucas (Lei nº 13.722), onde professores e funcionários de escolas, públicas e privadas, de ensino infantil e básico deverão ser capacitados em primeiros socorros. A lei recebeu o nome de Lei Lucas em homenagem ao menino Lucas Begalli Zamora, que morreu em setembro de 2017, aos 10 anos engasgado em uma excursão escolar. Lucas engasgou com um pedaço de cachorro quente durante um passeio promovido pela escola em que estudava. Até a chegada do serviço de saúde especializado, o menino não recebeu os primeiros socorros.